O governo Lula entrou em espiral de desgaste no Congresso. Em menos de 30 dias, acumulou oito derrotas seguidas, expondo a falência de uma base que só existe no discurso. A instalação da CPI do INSS foi a gota d’água: articulada por adversários, contou com assinaturas de partidos que ocupam ministérios. A debandada é generalizada.
A blindagem de Alexandre Ramagem por 315 votos, contra apenas 143 contrários, sepultou a influência do Planalto na Câmara. O caso Lupi, a recusa do União Brasil a mais um ministério e a formalização de federação oposicionista entre PP e União mostraram que Lula perdeu o comando. Nem datas simbólicas como o 1º de Maio servem mais de palanque.
Na prática, Lula governa cercado por traidores que ele mesmo alimentou com cargos. A própria base finge lealdade durante o dia e vota contra à noite. Sem autoridade, sem agenda, e agora sem respaldo, o governo se arrasta sob os escombros de sua própria fragilidade.