A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve iniciar 2026 com pressão para convocar Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lulinha foi citado em decisões do STF relacionadas à operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, que aponta pagamentos de R$ 300 mil feitos por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, à lobista Roberta Luchsinger, próxima do filho do presidente.
O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar, protocolou requerimento para que Lulinha preste depoimento como testemunha, afirmando que “ninguém está acima da lei”. Tentativas anteriores de convocação haviam sido barradas pela base governista, mas documentos da PF mostram proximidade do filho de Lula com a lobista, incluindo viagens conjuntas.
A CPI, criada em agosto para investigar fraudes bilionárias na Previdência, tem duração inicial de seis meses, mas o presidente do colegiado, senador Carlos Viana, propõe prorrogação por mais 60 dias. Os trabalhos serão retomados em fevereiro, após o recesso do Congresso, quando a comissão poderá analisar o requerimento de convocação de Lulinha.