O crime organizado no Brasil alcançou cifras bilionárias, movimentando R$ 348,1 bilhões em um ano, valor que colocaria suas atividades entre as maiores economias do país. Segundo o relatório Follow The Products, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, facções criminosas expandiram suas operações para setores legais como combustíveis, ouro, tabaco e bebidas, tornando-se potências paralelas.
O levantamento aponta que o comércio clandestino de combustíveis rendeu R$ 61,5 bilhões, enquanto o mercado ilegal de bebidas movimentou R$ 56,9 bilhões. O tráfico de drogas segue relevante, gerando R$ 15 bilhões anuais. Além disso, crimes virtuais e furtos de celulares impulsionam um faturamento de R$ 186 bilhões, demonstrando a sofisticação dessas organizações.
A ausência de fiscalização e a conivência de setores institucionais alimentam esse império criminoso. Para especialistas, o combate eficaz exige integração entre Receita Federal, Polícia Federal e agências reguladoras, além do uso de tecnologias como blockchain para rastrear fluxos financeiros. Enquanto isso, o Brasil assiste a facções ditando regras e expandindo seu domínio.
