Crise de popularidade pressiona Lula e abala sua base aliada

Centrão exige mudanças no governo enquanto oposição ganha força nas ruas

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Crise de popularidade pressiona Lula e abala sua base aliada
Ricardo Stukert / PR

A queda vertiginosa da aprovação de Lula intensificou a pressão do Centrão por uma ampla reforma ministerial. O descontentamento entre aliados cresceu após o Datafolha apontar que a aprovação do presidente despencou para 24%, enquanto a reprovação subiu para 41%. O temor entre parlamentares é que a hesitação nas trocas ministeriais enfraqueça ainda mais a governabilidade, comprometendo a articulação no Congresso. Líderes exigem mudanças urgentes, especialmente no núcleo político do Planalto, hoje dominado pelo PT.

Além das disputas internas, o governo enfrenta críticas pela estagnação de promessas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A polêmica sobre a fiscalização do Pix também ampliou a insatisfação popular, impulsionada por denúncias da oposição. Diante desse cenário, protestos marcados para 16 de março ganham força, com pedidos de impeachment e rejeição às políticas do governo. A pressão nas ruas e no Congresso coloca Lula contra a parede, exigindo respostas rápidas para conter a crise.

Nos bastidores, há uma tentativa de minimizar o impacto da pesquisa, atribuindo o desgaste à falha na comunicação. No entanto, a realidade econômica fala mais alto: inflação, aumento de impostos e desconfiança do mercado. Lula pode tentar rearranjar seu governo, mas sua fragilidade política já se tornou evidente. Se continuar ignorando os sinais de insatisfação, sua governabilidade pode se tornar insustentável antes mesmo de 2026.