O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, protagonizou mais uma manobra política ao atribuir a Jair Bolsonaro a responsabilidade pela repercussão negativa do monitoramento de transações via Pix. A narrativa é clara: transferir a culpa para o ex-presidente e criar distrações enquanto o governo enfrenta duras críticas pela tentativa de ampliar o controle fiscal, medida que feria a liberdade financeira dos cidadãos. O anúncio, revogado após forte pressão, demonstrou não apenas insensibilidade do governo atual, mas também sua dificuldade em lidar com questões de interesse público sem recorrer a ataques.
Haddad insinuou que o ex-presidente e o PL estariam por trás da mobilização contrária à medida, citando vídeos produzidos pelo deputado Nikolas Ferreira e por aliados como Duda Lima. O ministro ainda tentou associar as investigações da Receita contra a família Bolsonaro, como o caso das joias sauditas e o esquema das rachadinhas, para justificar a resistência popular. Em vez de admitir os próprios erros administrativos, Haddad optou por atacar opositores, em uma estratégia que apenas evidencia a fragilidade de sua gestão.
Enquanto o governo Lula e seus ministros tentam culpar o passado por suas próprias falhas, a população permanece insatisfeita com medidas que impactam diretamente o bolso do brasileiro. A tentativa de monitorar o Pix é mais uma demonstração de uma gestão desconectada da realidade, preocupada mais em criar narrativas políticas do que em solucionar os reais problemas do país.