O presidente Lula recebeu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Planalto em meio a rumores de sua demissão. A má gestão de imunizantes contra dengue e Covid-19, além do interesse do Centrão em controlar parte do orçamento bilionário da pasta, são apontados como os principais fatores para sua possível saída. O nome cotado para assumir o cargo é Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais.
A ineficiência na distribuição de vacinas e medicamentos tem gerado críticas até dentro da própria base governista. Durante um evento sobre produção de insumos, Lula evitou responder perguntas sobre a permanência de Nísia, alimentando ainda mais as especulações. Paralelamente, o petista se reuniu com Padilha, reforçando a tese de mudança no comando da Saúde.
Apesar das evidências, Nísia insiste que continua "firme" no cargo, defendendo que segue o projeto do governo. No entanto, sua posição parece cada vez mais frágil diante da pressão política e dos desgastes internos. A crise no Ministério da Saúde apenas reflete a instabilidade da gestão, que, em vez de resolver problemas, segue atolada em disputas políticas e interesses de aliados.
