O gabinete do ministro Alexandre de Moraes enfrenta forte desgaste após o vazamento de conversas entre o ex-assessor Eduardo Tagliaferro e o ex-juiz instrutor Airton Vieira, que teriam compartilhado informações fora do rito legal.
A revelação abriu uma crise interna, resultando em sucessivas saídas de magistrados que atuavam junto ao ministro no STF e no TSE.
As mensagens apontariam o uso de informações do Supremo para embasar decisões de Moraes no TSE em processos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O episódio levou à saída imediata de Vieira e, nos meses seguintes, de Rogério Marrone de Castro Sampaio e André Solomon Tudisco, reduzindo o corpo técnico de 2,7 mil processos.
A insistência de Tagliaferro em divulgar novas mensagens aumentou as pressões e a desconfiança sobre a condução de casos de alto impacto.
Moraes recompôs parcialmente a equipe apenas em maio, mas ainda não preencheu cargos estratégicos, mantendo o gabinete fragilizado.