O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) registrou 198 ações repressivas em outubro, incluindo 29 detenções arbitrárias e 169 outras formas de abuso. As violações ocorreram em meio a apagões, epidemias e a passagem de um furacão. Desde janeiro, o total de ações contra civis já chega a 2.660, com 490 prisões arbitrárias documentadas. As cidades de Havana, Santiago de Cuba e Camagüey concentram os principais casos.
As denúncias envolvem perseguições, cercos a residências de ativistas e julgamentos sem garantias legais. Ao todo, 40 relatos partiram de presos políticos, detentos comuns e familiares. Mesmo diante das evidências, a União Europeia mantém acordos de cooperação com o regime, alegando diálogo diplomático.
Enquanto o país segue sob censura e miséria, cresce o contraste entre o discurso internacional de defesa dos direitos humanos e o silêncio diante da repressão sistemática em Cuba — um lembrete de que a ideologia, muitas vezes, fala mais alto que a liberdade.