O Tesouro Nacional revelou um retrato preocupante das finanças de Cuiabá, que figurou entre as capitais mais endividadas do Brasil em 2024. Sob o comando do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a cidade enfrentou um cenário de caixa negativo e baixa capacidade de pagamento, chegando a um déficit equivalente a 2,4 meses de arrecadação. Na relação entre dívida consolidada e Receita Corrente Líquida (RCL), Cuiabá ficou na terceira pior posição nacional, atrás apenas de Rio de Janeiro e Manaus, demonstrando um nível crítico de comprometimento financeiro.
Além do endividamento alarmante, a Capital de Mato Grosso recebeu nota C na Capacidade de Pagamento (Capag), evidenciando a fragilidade fiscal do município. Desde 2020, a cidade já apresentava inconsistências contábeis que impediram uma avaliação clara, resultado de uma administração desorganizada e sem transparência. O rombo financeiro impossibilita Cuiabá de garantir empréstimos de forma independente, tornando-se refém da União para qualquer operação de crédito, o que compromete investimentos essenciais para a população.
A possível adesão ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF), do Governo Federal, expõe a necessidade urgente de socorro para evitar o colapso financeiro. No entanto, a cidade paga o preço da má gestão, que comprometeu suas contas e limitou sua capacidade de investimento. Enquanto o discurso político tentava esconder a realidade, os números do Tesouro Nacional revelam a dura consequência de administrações que negligenciam a responsabilidade fiscal e deixam para trás um rastro de ineficiência e descontrole.

