Marcada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, a 66ª Cúpula do Brics será presidida por Lula em um cenário de constrangimento diplomático e esvaziamento político. Líderes de peso como Xi Jinping, Vladimir Putin, Masoud Pezeshkian e Abdel Fattah el-Sisi não participarão. A ausência de Putin escancara o dilema do governo brasileiro com o Tribunal Penal Internacional, enquanto os demais recuos demonstram a dificuldade do bloco em se manter coeso.
O encontro ocorre sob tensões internacionais e com credibilidade abalada. A retomada de Donald Trump à presidência dos EUA já rendeu ameaças ao Brics caso abandonem o dólar. Mesmo assim, Lula insiste em um discurso de protagonismo global, defendendo temas como inteligência artificial e redes digitais, que pouco avançam sem consenso entre os membros. A ausência de grandes líderes e a falta de resultados práticos reforçam o enfraquecimento do Brics e o isolamento do governo brasileiro no cenário internacional.