Na última terça-feira, Brasília foi palco de um dia movimentado no Judiciário, batizado como "Super Terça". O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Marcelo Odebrecht e José Dirceu por corrupção, além de arquivar investigações sem conclusão contra Romero Jucá e Renan Calheiros. Paralelamente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) livrou o ex-juiz Sergio Moro de uma acusação de abuso de poder econômico nas eleições para o Senado pelo Paraná.
A série de decisões não parou por aí. A deputada Carla Zambelli tornou-se ré no STF, acusada de patrocinar a invasão do site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por um hacker, que também teria capturado mensagens cruciais para a anulação de sentenças da Operação Lava-Jato. O contexto dessas decisões levantou debates sobre a coerência e a imparcialidade do Judiciário brasileiro, especialmente quando algumas ações parecem desconsiderar a premissa de buscar justiça acima de interesses políticos.
Essa sucessão de eventos e julgamentos não passou despercebida pela opinião pública, ampliando a insatisfação com as frequentes controvérsias envolvendo figuras do Judiciário em cenários internacionais financiados por empresas com interesses nas Cortes superiores. A desconfiança cresce em meio a pressões diversas, destacando a necessidade de transparência e equidade nas decisões judiciais.