O Supremo Tribunal Federal, sob decisão do ministro Edson Fachin, arquivou o inquérito contra Adriano Gehres, marqueteiro com longa trajetória ao lado de figuras políticas influentes, como Renan Calheiros e Lula. A Operação Alaska, que investigava repasses irregulares da JBS ao MDB, foi encerrada sob alegação de falta de provas, conforme apontado pelo Ministério Público Federal. Fachin justificou que o caso carecia de “elementos mínimos” para sustentar uma ação penal.
A decisão reacendeu debates sobre a eficácia das investigações de corrupção no Brasil. O arquivamento veio apesar de delações de nomes como Sérgio Machado e Ricardo Saud, que detalharam esquemas de financiamento ilegal de campanhas. Especialistas questionam se a falta de avanços reflete lacunas investigativas ou blindagem aos poderosos, gerando insatisfação em parte da sociedade que clama por justiça.
Adriano Gehres, nome de destaque no marketing político, esteve por trás de campanhas decisivas do PT e do MDB, incluindo as eleições de Lula e Renan Calheiros. Embora as investigações tenham sido arquivadas, a decisão levanta questionamentos sobre os limites das instituições no enfrentamento à corrupção, reforçando a percepção de que processos envolvendo a elite política seguem sem respostas à altura.