Em entrevista, Lula afirmou que a comunidade judaica brasileira deveria escrever uma carta a Benjamin Netanyahu, acusando Israel de cometer “genocídio” contra palestinos.
A fala gerou forte reação. Um judeu brasileiro rebateu: “O presidente passou do limite. Atacou diretamente nossa comunidade. Nós somos judeus brasileiros, e o senhor é o nosso chefe de Estado.
Desde 7 de outubro ignora nossos pedidos de diálogo e agora manda recados pela televisão, reforçando mentiras usadas há séculos para espalhar ódio contra o nosso povo”.
O manifestante lembrou que Lula não mencionou os reféns nem os ataques terroristas do Hamas: “Chama Israel de genocida e silencia sobre os mísseis contra civis e o terror financiado pelo Irã. Cada vez que fala assim, cresce o antissemitismo no Brasil”.
A comunidade reiterou que deseja paz e um Estado palestino, mas livre do Hamas.
Transcrição do vídeo:
O presidente Lula disse:
"A comunidade judaica brasileira deveria mandar uma carta para o Netanyahu e dizer que ele não está fazendo guerra contra o Hamas, ele está matando mulheres e crianças, ele está fazendo um genocídio lá."
Um judeu brasileiro respondeu:
"O presidente Lula passou do limite. Dessa vez atacou direto a comunidade judaica brasileira. Disse que a gente deveria escrever uma carta para o Netanyahu. Presidente, com todo respeito, nós somos judeus brasileiros. O senhor é o nosso chefe de Estado. E desde 7 de outubro ignora todos os pedidos de diálogo da nossa comunidade.
Agora, ao invés de nos receber, prefere mandar recado pela televisão, reforçando uma das mentiras mais antigas da história, usada há séculos para espalhar o ódio contra o nosso povo. Na entrevista para o SBT, nenhuma palavra sobre os reféns. Nenhum pedido de libertação. Por que, presidente? O senhor não se importa com eles?
Chama a Israel de genocida e silencia sobre os mísseis contra os civis israelenses e sobre o terror financiado pelo Irã. Cada vez que o Lula fala assim, cresce o antissemitismo no Brasil e aumenta o risco para os judeus brasileiros. Nós queremos paz. E também queremos um Estado palestino. Mas um Estado livre do Hamas. Porque paz, presidente, só existe quando o terrorismo acaba."
