Em um ato que tem despertado indignação e preocupação em diversos setores da sociedade, a MATRIA, uma respeitada associação que zela pelos direitos das mulheres, mães e trabalhadoras, manifestou veemente repúdio à recente mudança terminológica adotada pelo Ministério da Saúde em suas comunicações oficiais. A substituição das palavras "mulher" e "mãe" por termos genéricos como "o corpo de quem pariu" ou "pessoa que pariu" é vista pela entidade não apenas como um retrocesso na representação da identidade feminina, mas também como uma chocante "desumanização" das mulheres biológicas.
Este controverso movimento do Ministério da Saúde, evidenciado em uma campanha sobre cuidados pós-parto, tem sido interpretado pela MATRIA como um sinal de submissão a "demandas masculinas" mascaradas de "suposto progressismo". Tal abordagem, segundo a associação, vai além de uma simples questão de terminologia; ela representa uma ameaça direta à dignidade e ao papel único das mulheres na sociedade, especialmente no que tange à maternidade.
A escolha do Ministério da Saúde em adotar uma linguagem neutra, negligenciando os termos tradicionais e consagrados que celebram e reconhecem o papel fundamental da mulher na gestação e no parto, é percebida como um ataque à própria essência da feminilidade. Para a MATRIA, essa nova abordagem do Ministério não apenas desumaniza, mas também desvaloriza a experiência única e insubstituível das mulheres biológicas.
Ao desviar-se dos termos "mulher" e "mãe", o Ministério da Saúde parece ceder às pressões de uma ideologia que, sob o pretexto de inclusão e progresso, acaba por desrespeitar e desvalorizar séculos de luta e conquistas femininas. A decisão de marginalizar a figura da mãe na linguagem oficial, segundo a MATRIA, é um passo preocupante no sentido de apagar as particularidades e a importância da maternidade, aspecto central na vida de inúmeras mulheres.
Este cenário levanta questões cruciais sobre a direção em que a sociedade está caminhando. Em vez de promover um verdadeiro progresso que respeita e valoriza todas as facetas da identidade feminina, observa-se uma tendência de desconsiderar as características biológicas e emocionais que definem a mulher, especialmente no papel vital e insubstituível da maternidade. A posição firme da MATRIA é um lembrete de que a essência da feminilidade e da maternidade deve ser preservada e honrada, e não diluída em nome de uma inclusão mal interpretada.
Nota de repúdio da Matria:
“Em 14/01/2024 o Ministério da Saúde mais uma vez publicou em suas redes sociais comunicado direcionado a mulheres no qual se refere a nós com termos extremamente desumanizantes, como “pessoa que gesta” e “pessoa que pariu”.
Percebemos que há uma adesão total do Governo atual a uma “cultura woke” que privilegia demandas masculinas e desumaniza mulheres: não somos mais consideradas seres humanos do sexo feminino mas sim uma “identidade”, uma “performance”, um conjunto de “estereótipos” ou “intervenções estéticas” que poderiam ser adotados por qualquer um.
Para que essa ideologia se sustente, é preciso dissociar a palavra mulher de tudo que é exclusivo ao sexo feminino, como menstruar, gestar, parir ou amamentar, ou restaria claro que nenhuma pessoa do sexo masculino pode reivindicar para a si a nomenclatura “mulher”.
E assim o Governo nos faz regredir, em pleno século XXI, ao status contra o qual lutamos há milênios: o de sermos vistas apenas como um corpo desprovido de cidadania, um “corpo que pare”, uma “pessoa com útero”, “que menstrua”, “com vagina” ou qualquer outro termo desumanizante como os que o Governo vem adotando por meios de seus órgãos oficiais, sob o manto de um suposto progressismo.”