Nesta segunda-feira (8), a Polícia Federal corrigiu um erro no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, que fundamenta o indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias sauditas recebidas como presente pelo governo brasileiro. Inicialmente, o relatório afirmava um desvio de joias no valor de R$ 25 milhões, mas a PF ajustou o valor para R$ 6,8 milhões, admitindo que o erro induziu a imprensa ao equívoco. A defesa de Bolsonaro, através dos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, esclareceu que os presentes seguem um rigoroso protocolo de tratamento e catalogação pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), destacando que Bolsonaro não teve ingerência sobre esses procedimentos.
A defesa ressaltou que todos os ex-presidentes tiveram seus presentes analisados pelo GADH, questionando por que apenas Bolsonaro está sendo investigado. Eles citaram um caso semelhante envolvendo o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu um relógio da marca Piaget do ex-presidente francês Jacques Chirac, mas não foi investigado. A defesa manifestou indignação com o erro inicial no valor das joias e questionou a competência do STF para julgar o caso, afirmando que a Procuradoria-Geral da República já havia indicado que a investigação deveria tramitar em um juízo de primeira instância. A postura da defesa reflete a insatisfação com a condução da investigação e a crença de que Bolsonaro está sendo alvo de um tratamento injusto e seletivo.