A defesa de Filipe Martins apresentará nesta terça-feira, 9, ao STF um documento inédito que, segundo o advogado Jeffrey Chiquini, comprova que Mauro Cid foi o autor da minuta que previa um suposto golpe de Estado. O arquivo, localizado nos 78 terabytes de material anexado ao processo, contém metadados que atribuem integralmente a redação ao tenente-coronel. “Mauro Cid queria o tal golpe, criou a minuta e tentou convencer comandantes”, afirmou Chiquini.
O texto encontrado difere da minuta já identificada pela PF e, de acordo com a defesa, estava no próprio celular de Cid ainda assim, teria sido omitido até agora. O advogado sustenta que o militar apresentou a proposta às Forças Armadas, que rejeitaram a iniciativa. Para Chiquini, Cid montou uma narrativa para se proteger quando percebeu que o documento poderia vir à tona.
A estratégia teria sido transferir a responsabilidade para Martins, tratado como “bode expiatório” num enredo que o advogado chama de farsa. Com tornozeleira eletrônica e aguardando julgamento, Martins afirma estar convicto da absolvição e vê, no novo documento, a peça que faltava para desmontar a versão que chegou ao Supremo.