A defesa de Filipe Martins protocolou no STF uma manifestação de mais de 120 páginas, apontando uma possível manipulação conduzida pelo delegado da Polícia Federal Fábio Shor. O documento, sustentado por provas apresentadas como obtidas no Brasil e nos Estados Unidos, pede a nulidade total do inquérito e a investigação da conduta do delegado.
Segundo os advogados, Shor teria utilizado um ofício para sustentar a versão de que Martins simulou uma viagem aos EUA em dezembro de 2022. Contudo, registros oficiais americanos indicariam que o ex-assessor nunca entrou no país na data mencionada. O órgão de fronteiras (CBP) teria confirmado a ausência de entrada e condenado o possível uso indevido de dados por autoridades brasileiras.
A defesa ainda alega que a PGR, sob comando de Paulo Gonet, reproduziu “acriticamente” informações da PF sem checar os elementos apresentados. O documento sustenta que o delegado pode ter induzido o STF ao erro, mantendo Martins preso com base em um registro questionável, e pede apuração pela Corregedoria, pela CGU e comunicação ao Departamento de Justiça dos EUA.