Nesta segunda-feira (10), o advogado Paulo Faria protocolou arguição de suspeição contra o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação que acusa Tagliaferro de obstrução, violação de sigilo e tentativa de abolição do Estado.
A Primeira Turma já possui maioria para tornar o ex-prefeito réu, com votos de Moraes, Dino e Zanin. A relatoria da arguição ficou a cargo do presidente do STF, Edson Fachin.
A defesa sustenta que Moraes atua simultaneamente como “denunciado, vítima e juiz” e classifica Tagliaferro como “perseguido político e torturado pelo Estado brasileiro”. Faria cita ainda a negativa do relator a um julgamento presencial, qualificando-o como “suspeitíssimo” e receoso de enfrentar argumentos. O Código de Processo Penal prevê suspeição quando o juiz possui inimizade capital contra qualquer das partes.
Metadados do voto de Moraes indicam que o documento foi finalizado em 30 de outubro e não sofreu alterações após recursos apresentados.