Déficit comercial expõe fragilidade econômica e piora desempenho do Brasil

Fevereiro tem saldo negativo inédito desde 2015, frustrando projeções do mercado

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Déficit comercial expõe fragilidade econômica e piora desempenho do Brasil
 Canva

A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 323 milhões em fevereiro, o pior resultado para o mês desde 2015. O mercado esperava um superávit de US$ 1,9 bilhão, mas a queda de 6,7% nas exportações e o aumento de 21,3% nas importações aprofundaram o saldo negativo. Entre os principais fatores, destaca-se a forte retração nas vendas para a Ásia, com uma redução de 21,12% nas exportações para China, Hong Kong e Macau.

O acumulado do ano ainda aponta um superávit de US$ 1,934 bilhão, mas a queda de 82,9% em relação a 2023 demonstra a fragilidade do setor externo. A importação de uma plataforma de extração de petróleo, no valor de US$ 2,7 bilhões, influenciou o resultado, mas não explica por completo a deterioração do comércio exterior. Enquanto exportações para América do Norte e do Sul cresceram, a dependência brasileira do mercado asiático mostra sinais preocupantes.

O cenário expõe a falta de estratégia para fortalecer o setor produtivo e reduzir a vulnerabilidade às oscilações externas. Enquanto isso, o aumento das importações asiáticas levanta questionamentos sobre o impacto da política econômica no equilíbrio da indústria nacional. O saldo negativo reforça a necessidade de ajustes urgentes para evitar um ano ainda mais desafiador para a economia brasileira.