O déficit das estatais brasileiras atingiu a marca histórica de R$ 7,21 bilhões entre janeiro e agosto de 2024, segundo dados do Banco Central. Este é o maior nível registrado na série histórica para o período. Dentre os números, as estatais federais responderam por R$ 3,37 bilhões, enquanto as estaduais somaram R$ 3,85 bilhões no vermelho, impulsionadas por investimentos no setor de saneamento e emissões de debêntures.
Especialistas observam que o déficit atual preocupa menos o mercado, pois está ligado a investimentos estratégicos e não a gastos operacionais excessivos. Segundo Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings, as emissões de debêntures feitas pelas estatais são rigorosamente avaliadas e atraem investidores confiantes em projetos de infraestrutura, como a melhoria nos serviços de água e esgoto.
Ainda que o déficit seja elevado, o Banco Central explica que ele reflete uma expansão temporária de passivos, sem impactar imediatamente o caixa das empresas.