Déficit primário do governo chega a R$ 105,2 bilhões até setembro e ameaça meta fiscal

Rombo nas finanças federais aponta para desafios de equilíbrio econômico e gestão fiscal

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Déficit primário do governo chega a R$ 105,2 bilhões até setembro e ameaça meta fiscal
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal acumulou um déficit primário de R$ 105,2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, 11,6% acima do mesmo período de 2023, segundo o Tesouro Nacional. A publicação veio em formato reduzido, limitada a um sumário, devido à greve dos servidores. Esse rombo nas contas públicas lança dúvidas sobre a capacidade do governo de alcançar a meta fiscal zero para o ano, exigindo rigor no ajuste de receitas e despesas.

A situação crítica é agravada pelo desempenho setorial: o Tesouro e o Banco Central apresentaram superávit de R$ 160,6 bilhões, enquanto a Previdência Social acumulou um déficit expressivo de R$ 265,8 bilhões. No mês de setembro, o déficit mensal foi de R$ 5,3 bilhões, contrastando com o superávit de R$ 11,6 bilhões registrado no mesmo mês de 2023. Essa dinâmica coloca em risco a estabilidade das contas públicas em um contexto econômico já fragilizado.

Com queda de R$ 15,1 bilhões na receita líquida e aumento de 1,4% nas despesas totais em comparação ao ano anterior, a situação evidencia uma gestão que precisará de ajustes robustos e medidas de contenção para evitar uma deterioração ainda maior das contas nacionais.