Em meio à crescente onda de casos de dengue, que registrou um aumento recorde em 2024, a administração de Lula demonstra uma preocupante inversão de prioridades. Contrapondo-se à gestão anterior de Jair Bolsonaro, que alocou 31,6 milhões de reais em campanhas de prevenção, o atual governo reduziu drasticamente os investimentos para 12,2 milhões de reais em 2023, segundo dados do Poder 360. Esta redução de 61% nos gastos marca o menor investimento em conscientização sobre a dengue desde 2019, evidenciando uma preocupante desvalorização da saúde pública.
O Ministério da Saúde, conduzido por Nísia Trindade, tenta justificar os cortes alegando que investimentos adicionais não foram contabilizados, totalizando 35 milhões de reais em ações continuadas. Entretanto, essa explicação é insuficiente diante da alarmante realidade de mais de 2,6 milhões de casos e mais de mil mortes confirmadas pela doença até o momento.
Além disso, apesar de promessas de ampliação de repasses, que alcançariam até 1,5 bilhão de reais em 2024 para auxiliar estados e municípios em situação de emergência, a eficácia dessas medidas permanece questionável. Com 11 unidades federativas declarando emergência devido à dengue, a crise atual exige mais do que promessas: necessita de ação imediata e efetiva.
Esta gestão, marcada por gastos milionários em viagens internacionais, parece deslocar recursos vitais da saúde, segurança e educação, ignorando as necessidades imediatas da população. O enfrentamento da dengue, uma crise de saúde pública de grandes proporções, demanda mais do que retórica: requer liderança, comprometimento e, acima de tudo, responsabilidade com o bem-estar dos cidadãos.