A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) tem gerado controvérsia ao empregar sete doadores de sua campanha no gabinete parlamentar, conforme revelado pelo site O Antagonista. Seis desses doadores continuam atuando como assessores parlamentares, com salários líquidos que chegam a R$ 13 mil, após doações significativas durante a eleição de 2022. A prática, embora legal, levanta sérias dúvidas sobre a transparência e a ética na utilização de cargos públicos.
Entre os doadores que se tornaram assessores está Flávio Siqueira Júnior, que, além de realizar doações financeiras, cedeu um veículo para a campanha e foi contratado logo após a eleição. Outros como Gabriel Garcia e João Carlos Tavares também doaram recursos e agora ocupam posições no gabinete de Hilton, com remunerações altas, o que pode indicar um possível conflito de interesses.
Especialistas alertam para os riscos dessa prática, que, embora não ilegal, fere os princípios de moralidade e impessoalidade esperados em cargos públicos. A falta de respostas da deputada sobre o assunto alimenta ainda mais os questionamentos sobre a transparência no uso de recursos públicos.