Em uma sessão marcada por tensão e enfrentamento, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) protagonizou um embate com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Durante a audiência na Comissão de Segurança Pública, o parlamentar acusou o chefe da PF de “prevaricação” e desafiou-o a prendê-lo em flagrante. As declarações inflamaram o debate, evidenciando os atritos entre opositores políticos e autoridades ligadas ao governo.
Van Hattem também criticou a investigação conduzida pela PF contra ele, classificando o processo como uma tentativa de silenciar críticas. Segundo o deputado, a imunidade parlamentar deveria protegê-lo de indiciamentos, mas a atuação de Rodrigues reflete “desvios de finalidade”. O ministro Ricardo Lewandowski, presente na audiência, exigiu que as declarações fossem registradas, indicando que elas poderiam embasar futuras ações judiciais.
O caso revela um cenário preocupante de judicialização da política, onde o uso de ferramentas institucionais parece atender a interesses alheios à justiça. Ao questionar a parcialidade das investigações, Van Hattem expõe um sistema que deveria priorizar a imparcialidade e o compromisso com a lei, mas que, segundo ele, serve para intimidar vozes críticas.
