O deputado Guilherme Derrite protocolou nesta quarta-feira (12) a quarta versão do Projeto Antifacção, pedindo ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que a votação ocorra apenas na próxima terça (18). O novo parecer incorpora diversas exigências do governo, incluindo a definição de “facção criminosa” e a destinação dos bens apreendidos à Polícia Federal.
A medida representa um recuo diante das pressões políticas, especialmente de Gleisi Hoffmann, que havia acusado o texto anterior de “descapitalizar” a PF. O projeto agora restabelece a centralização dos recursos federais, contrariando a proposta original, que previa maior autonomia aos estados.
Após quatro versões, o texto perdeu substância e cedeu às exigências do Planalto. Derrite buscou equilibrar forças, mas o resultado foi um projeto mais brando e burocrático, deixando a segurança pública subordinada à vontade política e não à urgência do combate ao crime organizado.