Derrota de Moraes: Interpol apaga registros contra Allan dos Santos

Jornalista tem nome retirado do sistema internacional após decisão que expõe abusos do STF

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Derrota de Moraes: Interpol apaga registros contra Allan dos Santos
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Após três anos de sigilo, o processo que levou à perseguição do jornalista Allan dos Santos finalmente veio à tona. A PET 9935, conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e relatada por Alexandre de Moraes, resultou na prisão preventiva de Allan, baseada em acusações genéricas sobre suposta "desestabilização" do país. O caso foi anexado ao inquérito 4874, uma controversa investigação sobre as chamadas “milícias digitais”, frequentemente usada para silenciar opositores.

O nome de Allan chegou a ser incluído na Lista Vermelha da Interpol, a pedido de Moraes, mas sem publicidade oficial. No entanto, em outubro de 2024, a Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol anulou a inclusão do jornalista em seus registros, reconhecendo a fragilidade das alegações. A decisão só se tornou pública no sábado, 22, após o levantamento do sigilo da PET 9935.

Mesmo com a liberação dos autos, o processo segue confuso, com documentos desorganizados e em duplicidade, dificultando sua análise. A estratégia parece clara: criar um emaranhado burocrático para encobrir o abuso de poder. A exclusão dos registros de Allan na Interpol é uma vitória contra o arbítrio, mas a luta contra perseguições políticas no Brasil continua.