No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, o julgamento do senador Sergio Moro por alegações de abuso de poder econômico entrou em um momento decisivo nesta terça-feira. Com o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade votando pela cassação do mandato de Moro e divergências significativas entre os membros do tribunal, a análise das acusações promete ser rigorosa.
O debate se concentra em investigações que questionam o financiamento e os recursos empregados por Moro em sua campanha eleitoral ao Senado, com alegações de vantagens desproporcionais em sua exposição durante a pré-campanha. Enquanto Sade destacou a influência desse desequilíbrio nos resultados eleitorais, o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza defendeu a legalidade das despesas, citando a notoriedade prévia de Moro e a ausência de diretrizes claras sobre gastos de pré-campanha.
A desembargadora Cláudia Cristina interrompeu o fluxo do julgamento ao pedir vista, adiando uma decisão final. Essa pausa reflete a complexidade e a importância do caso, que testa os limites da legislação eleitoral brasileira e destaca desafios na garantia de eleições equitativas.