O desemprego no Brasil voltou a subir, atingindo 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo dados do IBGE. A elevação em relação aos 6,2% registrados no período anterior confirma um desaquecimento no mercado de trabalho, efeito direto de uma economia que patina sob gestão ineficiente e medidas que afastam investidores. O número de brasileiros sem ocupação chegou a 7,2 milhões, enquanto 102,9 milhões permanecem empregados, mas com sinais de estagnação.
Mesmo com previsões do mercado apontando para uma taxa dentro da expectativa, a economia dá mostras de fragilidade. No mesmo período do ano passado, o desemprego era de 7,6%, indicando uma melhora que agora desacelera em meio a um ambiente hostil para o crescimento. A política de juros elevados, com a taxa Selic saltando de 10,5% para 13,25% desde setembro, freia setores essenciais, como indústria e construção civil, que dependem do crédito para se manter ativos.
Com previsões de alta no desemprego ao longo do ano, especialistas apontam que o índice pode chegar a 7,3% até dezembro. A incerteza econômica e a desconfiança do empresariado em relação às direções adotadas pela gestão atual dificultam a geração de empregos e afastam investidores. Enquanto isso, os brasileiros seguem sentindo no bolso os efeitos de um governo que prioriza discursos em vez de soluções concretas para impulsionar a economia.