Em meio à corrida eleitoral no Recife, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, tomou a polêmica decisão de não destinar o valor máximo do fundo partidário para a campanha de Gilson Machado à prefeitura. A justificativa? Os 75% de intenção de voto de João Campos (PSB), atual prefeito e candidato à reeleição, tornam arriscado um maior investimento financeiro, segundo Valdemar. “Dinheiro não foi feito para queimar”, declarou ao jornal O Globo.
A decisão também parece ser reflexo de tensões internas no partido. O lançamento do filho de Gilson Machado como candidato a vereador gerou revolta entre aliados, além de um possível desentendimento com o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira. Isso tem resultado em candidatos a vereador, ligados ao clã Ferreira, evitando a imagem de Gilson em suas campanhas, enfraquecendo ainda mais sua base local.
Gilson, por outro lado, se mantém confiante em ir para o segundo turno, afirmando que o PL precisa "reparar o dano" causado à sua candidatura. A disputa interna e as decisões estratégicas do partido revelam um cenário de incerteza, que pode custar caro ao conservadorismo no Recife.