No calor de uma sessão plenária do STF, as opiniões se dividiram quanto ao real impacto da Lei 13.303 de 2016, conhecida como Lei das Estatais. O ministro Flávio Dino provocou um momento de reflexão ao comparar a análise de André Mendonça sobre o aumento dos lucros das estatais a um estudo improvável que vincula o fim do Orkut ao aumento da expectativa de vida. Dino alertou sobre os perigos de correlações simplistas em debates de grande magnitude.
Enquanto Mendonça defendeu a lei como um pilar para a melhoria da governança e a prevenção de ilícitos, Dino questionou a validade de associar diretamente essas normas a um desempenho econômico superior. Alexandre de Moraes, em tom jocoso, concordou que menos redes sociais poderiam "aumentar a vida de muita gente", evidenciando o clima tenso mas irônico da discussão.
O ministro Gilmar Mendes também se manifestou, argumentando que não existem dados concretos que conectem diretamente a eficácia da lei ao lucro das estatais, sugerindo que outros fatores econômicos poderiam explicar as melhorias observadas. A sessão, marcada por embates ideológicos, reforça o debate sobre a eficiência das políticas de governança pública em um contexto de recuperação econômica.