O ministro Flávio Dino determinou que a Polícia Federal conclua em até 90 dias as investigações sobre supostas propinas pagas ao senador Renan Calheiros, relacionadas ao fundo de pensão Postalis. A investigação, que já dura sete anos e foi prorrogada 14 vezes, tem como base delações da Operação Lava Jato. O senador, acusado de receber vantagens indevidas em troca de favores políticos, nega veementemente qualquer envolvimento. Mesmo assim, o ministro recusou o pedido de arquivamento feito pela defesa.
Segundo Dino, a complexidade do caso, que envolve estruturas ocultas e crimes organizados, justifica o tempo prolongado das investigações. Ainda assim, ele determinou que esta seria a última prorrogação, garantindo que a Polícia Federal finalize as apurações pendentes. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favorável à continuação das diligências, reforçando a necessidade de mais provas para uma análise completa dos fatos.
Calheiros também foi recentemente indiciado por favorecimento à farmacêutica Hypera Pharma, mas nega qualquer envolvimento ilícito. O prazo dado por Dino representa o último capítulo de uma longa novela jurídica que coloca em questão a integridade de um dos senadores mais influentes do Brasil. A conclusão das investigações poderá finalmente trazer a verdade à tona.