Flávio Dino voltou a defender o uso das decisões monocráticas no Supremo, afirmando que tal prática seria parte do sistema político e não restrita ao Judiciário.
Ele citou exemplos como medidas provisórias do Executivo e atos de presidentes da Câmara e do Senado para tentar equiparar situações de natureza distinta.
Segundo o ministro, o STF recorre ao instrumento quando há milhares de processos idênticos, mas sua fala ignora o crescente incômodo diante do peso desproporcional dado a apenas um magistrado em temas de alta relevância.
Dino ainda afirmou que tribunais “garantem democracia pela aptidão para dizer não”, e criticou quem, segundo ele, confunde liberdade com “vale-tudo”. Ao negar que a Corte avance sobre o Congresso, disse que o Judiciário apenas “trata dos trilhos”, enquanto a política decide o rumo.