O ministro Flávio Dino defendeu penas mais pesadas para Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, alegando que ambos teriam “culpabilidade bastante alta” na chamada tentativa de golpe.
Segundo ele, a dosimetria deve refletir o “papel dominante” de cada acusado, estabelecendo gradação entre os oito réus condenados.
Dino sustentou que nomes como Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira tiveram “participação menor”, o que justificaria punições mais brandas.
Ainda assim, acompanhou a linha de condenação geral, mas se afastou do relator Alexandre de Moraes ao propor penas distintas conforme o grau de suposta participação.
A posição de Dino marca a primeira divergência concreta no julgamento, embora restrita ao tamanho das penas e não ao mérito. Essa diferenciação pode abrir margem para recursos e eventuais negociações futuras, reforçando a tentativa do ministro de hierarquizar responsabilidades no processo.