Em uma decisão controversa, o ministro Flávio Dino suspendeu o pagamento de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares de comissão, atendendo a uma ação do PSOL. O partido apontou supostas irregularidades na destinação dos recursos, incluindo manobras que redirecionaram verbas para Alagoas, estado do presidente da Câmara, Arthur Lira. Apesar das suspeitas, a Casa Civil do governo Lula defendeu a legalidade dos repasses, autorizando o pagamento antes da intervenção do STF.
Dino determinou a publicação de atas de reuniões onde as emendas foram aprovadas e a análise rigorosa desses documentos pela Secretaria de Relações Institucionais. O pagamento será condicionado à conformidade com critérios de transparência. Além disso, o ministro reforçou exigências para 2025, buscando evitar novos desvios e fortalecer o controle sobre o uso de verbas públicas.
A decisão intensifica a tensão entre o Congresso e o STF, especialmente após Lira cancelar reuniões decisivas para a tramitação de emendas. Essa postura acende alertas sobre a governança e a transparência na aplicação de recursos públicos, trazendo à tona um debate necessário sobre a responsabilidade na gestão do dinheiro do contribuinte.