A recente pesquisa Quaest revelou uma possível virada histórica na política paulistana. Pela primeira vez desde a erada "redemocratização", a esquerda pode ficar de fora do segundo turno das eleições municipais. A hegemonia progressista, que desde 1988 sempre contou com representantes na reta final, parece ameaçada diante do crescimento de Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com forte viés conservador.
Enquanto Boulos, expoente da esquerda radical, vê sua vantagem desmoronar, Marçal, sem tempo de TV, conseguiu um crescimento impressionante com a força das redes sociais, um reflexo do descontentamento popular com o progressismo. Nunes, atual prefeito, tem se beneficiado da exposição em rádio e TV, consolidando seu nome como uma alternativa forte.
Essa pesquisa marca um momento crítico para a esquerda, que, sempre acostumada a moldar o debate político em São Paulo, agora enfrenta o desafio de uma população cansada de narrativas esquerdistas e ávida por mudanças reais, algo que o conservadorismo promete entregar.