Em uma recente iniciativa que tem gerado controvérsia e indignação, o Ministério da Saúde do governo federal adotou uma postura que muitos consideram um aceno à chamada "ideologia de gênero" e à "linguagem neutra". Em uma campanha sobre cuidados pós-parto, surpreendentemente, omitiu as palavras "mulher" ou "mãe", optando por expressões genéricas como "o corpo de quem pariu" ou "pessoa que pariu". Este movimento, que aparentemente busca incluir mulheres biológicas transsexuais que se identificam como homens, levanta questões profundas sobre a identidade materna e a preservação de valores tradicionais na sociedade.
Adeptos desta visão ideológica radical argumentam que qualquer pressuposição de que apenas mulheres possam ser mães constitui "transfobia". No entanto, ao aderir a esse discurso em documentos oficiais, o governo federal parece ignorar o princípio constitucional da impessoalidade na administração pública, conforme estabelecido no Artigo 37 da Constituição Federal, que também preconiza legalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Em uma publicação recente do Ministério da Saúde, referente à campanha de distribuição de absorventes, observa-se a mesma tendência: a palavra "mulher" é notavelmente ausente, substituída por termos genéricos como "pessoas", com apenas uma menção isolada a "meninas". O comunicado, parte de um programa de "dignidade menstrual", menciona que a menstruação afeta "metade da população", mas falha ao não especificar explicitamente qual metade.
Um especialista citado na matéria expressa preocupação: “a obsessão pela identidade da gestante está falando mais alto que o interesse pela saúde do bebê.” Esta afirmação ressalta uma tendência preocupante de priorizar a retórica ideológica sobre a saúde e o bem-estar infantil.
O texto do Ministério da Saúde, citado na matéria, descreve o puerpério, o período após o parto, detalhando as mudanças físicas, emocionais e psicológicas no "corpo de quem pariu". Enquanto o texto reconhece a variabilidade deste período e a importância da consulta puerperal, a ausência do reconhecimento da maternidade e do papel único da mulher neste processo é notória.
A abordagem do Ministério da Saúde reflete uma tendência preocupante de subverter conceitos tradicionais e naturais de maternidade e gênero em prol de uma agenda política progressista. Isso não apenas confunde o público, mas também atenta contra os valores fundamentais de muitos brasileiros, que veem a maternidade e a feminilidade como aspectos intrínsecos e valorosos da vida e da sociedade.