A dívida bruta do Brasil chegou a 78,6% do PIB em agosto de 2024, o maior nível desde 2021, somando R$ 8,9 trilhões. Desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, houve um aumento expressivo de 6,9 pontos percentuais, impulsionado pelo crescimento dos juros e pela desaceleração econômica. O Banco Central aponta que o aumento dos juros nominais e a retração do PIB contribuíram significativamente para o quadro alarmante.
Além disso, o déficit nominal do setor público consolidado foi de R$ 1,111 trilhão nos últimos 12 meses, dos quais R$ 855 bilhões foram destinados ao pagamento de juros, representando 76,9% do déficit total. Embora tenha havido uma leve redução no déficit primário, que exclui os juros, as contas públicas ainda apresentam um saldo negativo de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB.
Em agosto, o déficit primário foi de R$ 21,4 bilhões, puxado pelo governo central, que registrou saldo negativo de R$ 22,3 bilhões. Contudo, Estados e municípios tiveram superávit, mostrando que a gestão regional tem se mostrado mais eficiente do que o governo federal na contenção de gastos.