A dívida da Prefeitura de Cuiabá, que já ultrapassa R$ 2 bilhões, reflete um legado de irresponsabilidade fiscal e gestão ineficiente. Sob o comando de Abílio Brunini, a administração está tomando medidas rigorosas para enfrentar a crise e voltar a respirar. De acordo com Murilo Bianchini, presidente da comissão encarregada de renegociar contratos, o montante supera a estimativa inicial e tende a crescer conforme novos passivos forem identificados. Restos a pagar e dívidas históricas explicam grande parte do débito, deixando a administração atual com uma herança pesada e uma missão urgente.
Para tentar mitigar o impacto financeiro, a gestão de Abílio Brunini determinou o cancelamento de 80 contratos e a renegociação de outros 280, com o objetivo de cortar gastos desnecessários. A análise das secretarias revelou uma sobrecarga de contratos repetitivos e serviços não validados, apontando para uma administração descentralizada e sem controle, o que exige urgentes reformas estruturais.
Apesar das dificuldades, Bianchini é otimista, acreditando que a meta de economizar R$ 100 milhões nos primeiros 100 dias será atingida. No entanto, a crise expõe a necessidade de maior eficiência e centralização na gestão pública, com uma visão clara de economicidade, longe dos excessos e da falta de transparência que marcaram as administrações passadas.