Documentos revelados pelo site Correio 24 Horas contradizem afirmações do Ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sobre solicitações de construção de escolas em Salvador, negadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o ministro, a administração municipal não teria proposto projetos para creches na capital baiana, declaração agora refutada por seis propostas oficialmente registradas no último ano, sob os números 26298010765/2023; 26298010803/2023; 26298010789/2023; 26298009709/2023; 26298010815/2023; e 26298010777/2023.
Estas propostas, demandando investimentos federais entre R$ 4,3 milhões e R$ 13,7 milhões para a construção de creches e escolas, totalizariam cerca de R$ 54 milhões em recursos para a educação soteropolitana. Contudo, todas foram marcadas como “não habilitadas” pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), evidenciando um descompasso entre as necessidades educacionais locais e as prioridades federais.
A visita de Rui Costa a Salvador para o lançamento do programa “Pé-de-Meia” já havia sido marcada por declarações que agora se mostram imprecisas, face aos documentos apresentados pela prefeitura. A rejeição das propostas por alegada falta de recursos, conforme admitido pelo ministro, lança luz sobre o desafio de alinhar expectativas locais com a disponibilidade orçamentária federal.
Bruno Reis (União Brasil), prefeito de Salvador, respondeu às declarações, apontando para a discrepância entre os esforços educacionais municipais e estaduais e defendendo a qualidade da educação gerida pela prefeitura, que não depende de aprovação automática de alunos, mas sim de um compromisso com a seriedade e eficácia.