Nesta terça-feira (29), o dólar disparou 0,92%, fechando a R$ 5,76, seu maior valor desde março de 2021, reflexo de um cenário econômico instável. A ausência de um pacote fiscal claro do governo deixa investidores apreensivos, aguardando promessas de cortes que, até agora, não se concretizaram. O ministro da Fazenda declarou desconhecer as projeções de corte, o que aumentou ainda mais a desconfiança sobre uma resposta sólida e eficiente para a crise fiscal.
A hesitação fiscal pesou no Ibovespa, que caiu 0,37%, com um volume financeiro de R$ 12,7 bilhões. O mercado esperava um corte de até R$ 60 bilhões, medida que seria vista como um gesto de seriedade econômica e responsabilidade fiscal, essenciais para a estabilidade do país. No entanto, a falta de planejamento concreto tem enfraquecido a credibilidade governamental, afetando investidores e prejudicando a segurança econômica.
Além das incertezas internas, a disputa presidencial nos EUA entre Kamala Harris e Donald Trump gera apreensão nos mercados globais. Com a possibilidade de uma eleição acirrada, a volatilidade promete se intensificar, exigindo estratégias sólidas e comprometidas para enfrentar os desafios econômicos que se avizinham.