Dólar em alta pode elevar preços de combustíveis

Impactos financeiros e inflação são desafios iminentes no mercado interno

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Dólar em alta pode elevar preços de combustíveis
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A recente valorização do dólar, que alcançou R$ 6,16, coloca a Petrobras em uma encruzilhada quanto à sua política de preços. A estatal enfrenta defasagens significativas nos preços da gasolina e do diesel, de 10% e 18% respectivamente, conforme dados da Abicom. Essa diferença compromete a competitividade de importadores e agrava os custos internos, uma vez que o petróleo é negociado em dólar.

A ausência de reajustes nos últimos meses pressiona ainda mais a Petrobras, que pode ser forçada a alinhar os valores à paridade internacional para evitar prejuízos. A gasolina está há seis meses sem alterações, enquanto o diesel permanece estável há mais de um ano. Esse cenário ameaça não apenas o equilíbrio financeiro da empresa, mas também a oferta no mercado interno.

Caso a estatal opte por reajustar os combustíveis, o impacto será inevitável para o bolso do brasileiro. Com o peso dos combustíveis na economia, a inflação poderá ser intensificada, afetando diretamente o custo de vida e gerando desdobramentos políticos significativos. A valorização do dólar, impulsionada por fatores externos, expõe a fragilidade de políticas econômicas que negligenciam o mercado internacional.