O dólar alcançou novos patamares nesta terça-feira (16), registrando a quinta alta consecutiva e fechando em R$ 5,268, o valor mais alto desde março do ano anterior. O pico do dia atingiu R$ 5,287, refletindo uma série de fatores que impactam o câmbio tanto no cenário interno quanto externo.
Internamente, a mudança na meta fiscal para 2025 gerou reações adversas no mercado. Apesar das afirmações do ministro Fernando Haddad de que fatores externos predominam, a revisão para um déficit primário zero, divergindo do superávit de 0,5% do PIB previamente estipulado, preocupou investidores, afetando a estabilidade fiscal e desvalorizando ativos locais.
No cenário externo, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, destacou a necessidade de mais dados para considerar a redução das taxas de juros nos Estados Unidos, que atualmente variam entre 5,25% e 5,50%. A manutenção de juros altos torna a renda fixa americana mais atraente, redirecionando investimentos para os Estados Unidos em detrimento de mercados emergentes, como o Brasil.
Além disso, as tensões no Oriente Médio, especialmente entre Irã e Israel, exacerbam as incertezas globais. Os conflitos elevam os preços do petróleo e fomentam a preferência por investimentos considerados mais seguros, como o dólar, impactando diretamente na valorização da moeda frente ao real e outras moedas emergentes.