O dólar atingiu um novo recorde de R$ 6,22, impulsionado pela incerteza sobre a responsabilidade fiscal do governo e a fragilidade das políticas econômicas atuais. O impacto do pacote fiscal, defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não trouxe alívio ao mercado, reforçando dúvidas sobre a credibilidade do plano. A postura de Haddad, que admitiu a continuidade de cortes de gastos sem resultados concretos, intensificou o pessimismo de investidores e analistas.
A situação agrava-se com declarações confusas do governo, que tenta atribuir a alta do dólar a supostas fake news envolvendo Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central. Esse movimento, aliado à dependência de emendas parlamentares para aprovar o pacote fiscal, revela um cenário de improvisação, comprometendo a estabilidade econômica e a confiança no Executivo.
Ao invés de assumir responsabilidade, a equipe econômica prefere apontar para "movimentos especulativos". Contudo, os fundamentos do mercado deixam claro que a insegurança advém de ações governamentais desconexas e falta de compromisso com ajustes estruturais. A disparada do dólar expõe a fragilidade de um governo que tenta navegar entre promessas vazias e realidade fiscal instável.