O dólar registrou queda frente ao real nesta terça-feira, ampliando as perdas da véspera. O movimento foi impulsionado pela expectativa de tarifas de importação mais moderadas nos Estados Unidos, conforme sugerido por assessores do presidente Donald Trump, além de dados econômicos aguardados pelos mercados globais. Às 9h42, o dólar à vista recuava 0,49%, cotado a R$ 6,08, enquanto o contrato futuro de primeiro vencimento na B3 seguia a mesma tendência.
Embora Trump tenha refutado rumores de uma abordagem menos agressiva, o mercado ainda repercute possíveis ajustes em sua política comercial. Paralelamente, os preços do petróleo em alta fortalecem moedas de mercados emergentes, como o Brasil. Analistas destacam que o alívio atual está atrelado à percepção de menos radicalismo nas tarifas, mas a atenção permanece nas decisões do Federal Reserve e na inflação americana, ainda acima da meta.
No Brasil, o foco retorna ao cenário fiscal, com o IBGE apontando alta de 1,23% nos preços ao produtor em novembro, puxada pelo aumento nos alimentos. Investidores demonstram preocupação com o equilíbrio das contas públicas, fator essencial para sustentar a recuperação econômica e conter volatilidades cambiais. Segundo especialistas, a consolidação de ajustes fiscais será crucial para estabilizar o dólar em níveis mais sustentáveis.