Em uma jornada marcada pela volatilidade, o dólar encerrou a sessão em alta, atingindo R$ 5,05, o maior valor observado desde outubro. Enquanto isso, o Ibovespa recuou 0,87%, finalizando aos 126.990 pontos, influenciado por um cenário global cauteloso e a pressão do setor financeiro.
Este comportamento foi desencadeado por sinais de fortalecimento da economia dos Estados Unidos, que mostrou uma inesperada resiliência industrial, desafiando as expectativas de um relaxamento iminente na política monetária restritiva do Federal Reserve. Dados recentes revelam um crescimento no setor industrial norte-americano, o primeiro em 18 meses, evidenciado pelo aumento para 50,3 no Índice de Gerentes de Compras (PMI) em março.
A robustez dos indicadores econômicos dos EUA sugere uma postura mais conservadora do Federal Reserve em relação aos cortes de juros, alterando as probabilidades percebidas no mercado. Este ajuste nas expectativas elevou o valor do dólar e impactou os rendimentos dos Treasuries, provocando reflexos no mercado brasileiro, com consequências para as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) e uma reavaliação das apostas quanto à política monetária do Banco Central.