O dólar iniciou a quinta-feira em alta, cotado a R$ 5,70, um reflexo das incertezas geradas pela política fiscal brasileira. A disparidade nas diretrizes econômicas, amplificada pela resistência do governo em ajustar as despesas públicas, tensiona o mercado. Declarações recentes de Lula, criticando a “hipocrisia do mercado” e a “contribuição da imprensa para confundir a sociedade”, aumentaram a cautela dos investidores.
Enquanto o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutem medidas fiscais, a falta de consenso mantém o mercado em alerta. Haddad, que busca conter a elevação do dólar, afirmou que "faltam apenas dois detalhes" para o fechamento do plano fiscal, mas não forneceu informações detalhadas. A reunião no Palácio do Planalto é aguardada com expectativas, mas ainda sem garantias de mudanças concretas.
O impacto da alta do dólar é imediato na inflação, encarecendo produtos e insumos importados. No cenário externo, o aumento da Selic para 11,25% ao ano pelo Banco Central e a política monetária dos EUA reforçam o cenário volátil.