Domingo Vermelho expõe contradições da esquerda

Manifestações fortalecem o STF e dão fôlego político a Lula

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Domingo Vermelho expõe contradições da esquerda
Domingo Vermelho na Paulista. Reprodução/redes sociais/Márcio Macedo

As manifestações de 21 de setembro, chamadas de “Domingo Vermelho”, revelaram a estratégia da esquerda: usar o povo como massa de manobra para blindar o STF e tentar travar a PEC da Blindagem e o projeto de anistia. Após fracassos em atos anteriores, o comparecimento surpreendeu até os organizadores. O efeito imediato foi dar legitimidade a uma Corte já desacreditada e reforçar a narrativa de Lula.

Com isso, o STF ganha fôlego para avançar em pautas de interesse da elite progressista. Gilmar Mendes chegou a escrever que as manifestações provariam a “força do povo brasileiro”, ignorando o claro alinhamento entre militância e toga. Flávio Dino também sai fortalecido, incentivado a ampliar investigações seletivas e até ressuscitar processos contra membros do governo anterior.

Lula, por sua vez, aproveitou o palanque para posar de guardião da ética e tentar retomar o apoio da classe artística. A militância vermelha voltou às ruas, dando-lhe ânimo em ano pré-eleitoral e incentivando novos acenos ao Centrão. No entanto, o movimento expõe a fragilidade da esquerda: depende da mobilização artificial e da proteção do Supremo para sobreviver politicamente.