Em revelações que abalaram o cenário político, Joesley Batista, empresário do grupo JBS, declarou ter transferido cerca de US$ 150 milhões em propinas para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Estes valores teriam sido depositados em contas no exterior, conforme descrição no despacho do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.
Segundo Batista, os pagamentos foram intermediados por Guido Mantega, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, sob a premissa de favorecer operações junto ao BNDES, Petros e Funcef. Estes repasses foram mascarados por notas fiscais ideologicamente falsas e outras manobras para ocultar a origem e o destino dos fundos.
O promotor afirmou que os ex-presidentes tinham pleno conhecimento do esquema, que operava por meio de doações eleitorais camufladas e depósitos diretos. A magnitude dos valores e a forma de operação indicam um nível de premeditação e dissimulação preocupantes, com implicações sérias para a integridade política do país.
A defesa de Lula e Dilma negou as acusações, reiterando a ausência de provas concretas e acusando a Lava Jato de perseguição política. Mantega também refutou seu envolvimento, criticando a credibilidade das alegações dos executivos.
Este caso reforça a necessidade de uma vigilância contínua sobre as práticas de financiamento político, visando preservar a democracia e a justiça no Brasil.
