E-mails obtidos por comitê americano indicam que Noam Chomsky teria intermediado um contato entre o presidente Lula, então preso em Curitiba, e Jeffrey Epstein, financista condenado por rede de exploração sexual de menores. Em mensagem de 21 de setembro de 2018, Epstein escreveu: “Chomsky me ligou com Lula. Da prisão. Que mundo”, seguida de comentário sobre vitória eleitoral de um “cara” no primeiro turno.
Outro e-mail, de fevereiro de 2019, menciona Lula e Bolsonaro, com Epstein pedindo “ir com calma em relação a Bolsonaro” e descrevendo-o como “figura icônica”, ao mesmo tempo em que reconhece proximidade com Lula. Os documentos indicam interesse de Epstein na política brasileira e tentativa de comunicação direta com líderes locais.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) nega que a ligação tenha ocorrido, apesar da coincidência de datas entre a visita de Chomsky à PF em setembro de 2018 e os registros dos e-mails. A situação levanta questionamentos sobre a exposição de presos e a interferência de atores internacionais em assuntos políticos nacionais, ainda que não haja confirmação de que os contatos tenham se concretizado.