O prefeito Eduardo Paes (PSD), em busca da reeleição, acena para uma promessa polêmica: incluir o medicamento Ozempic na rede pública de saúde do Rio. Utilizado no tratamento de diabetes, o remédio ganhou popularidade por seus efeitos de emagrecimento, e Paes, que perdeu 30 kg após seu uso, defende sua distribuição nas clínicas da família. A ideia, que soa populista, é alvo de críticas, especialmente de quem vê nela um uso inadequado de recursos públicos e uma abordagem superficial de questões de saúde.
Embora o prefeito afirme que o remédio estaria disponível após a abertura de sua patente e com foco na saúde, especialistas têm levantado preocupações. O uso indiscriminado de Ozempic para fins estéticos pode aumentar riscos para a população, além de expor o Sistema Único de Saúde (SUS) a uma demanda insustentável. A questão financeira também entra em pauta: seria viável bancar esse tratamento em larga escala, quando há tantas outras prioridades na saúde pública?
A proposta de Paes, enquanto mira uma solução rápida e chamativa, revela uma face preocupante da política de esquerda: o foco no imediatismo em vez de políticas sólidas e bem planejadas. Isso não apenas gera expectativas irreais, mas também coloca em risco a segurança da população, que merece soluções criteriosas e eficazes.